quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

PROJETO DE ROBÓTICA

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

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Robótica na escola: é pra já!


Quando você ouve falar em “robótica”, o que se passa em sua cabeça? Tecnologia de ponta, cálculos avançados e por aí vai, não é? Ou melhor: algo fora da compreensão da maioria das pessoas. Mas esse pensamento está longe de ser verdadeiro. Cada vez mais escolas da rede pública e privada do Brasil estão descobrindo que a utilização da robótica pode ser simples e muito interessante para alunos de todas as idades.

Com o objetivo de levar os alunos a descobrir o funcionamento da tecnologia de uma maneira divertida, a robótica aproveita também para discutir o conhecimento acumulado cientificamente e contribuir para que os estudantes possam, além de conhecer, utilizar, dominar e desenvolver o pensamento crítico.

“As aulas de robótica possuem os instrumentos necessários para levar o aluno a explorar conceitos, investigar e solucionar problemas”, explica a educadora Cláudia Stippe, consultora da Microsoft Educação e proprietária da Krei Homa Tecnologia Educacional, empresa com sede em Santos (SP) e que provê assessoria para a implantação de projetos em robótica para instituições de ensino.

“Assim o aprendiz, no decorrer do processo, apresenta um ou vários conceitos, obtendo a assimilação e acomodação da aprendizagem. O aluno passa a construir seu conhecimento por meio de suas próprias observações e aquilo que é aprendido pelo esforço próprio da criança tem muito mais significado para ela e se adapta melhor às suas estruturas mentais”, completa.

" Construção de conhecimentos

Segundo Cláudia, as aulas podem ser desenvolvidas para alunos a partir dos 5 anos, com o uso do material pedagógico da Divisão Educacional da Lego no qual ludicamente são passados conceitos como visão do todo, expressão de idéias e trabalho em equipe.

Aos 8 anos, os alunos já começam a aprender sobre o LOGO, linguagem de programação desenvolvido nos anos 60 para o uso de crianças em idade escolar e que aproxima a forma de falar da criança com a comunicação feita no computador.

Mais tarde, por volta da 5ª e 6ª séries, começam a ser trabalhados problemas relacionados com máquinas simples, complexas, programações, escala, força, design, velocidade, sempre estimulando o trabalho em grupo e a integração da tecnologia no cotidiano.

Na Escola Átrio, de Santos (SP) que atende educação infantil e ensino fundamental até a 4ª série, as aulas de robótica fazem parte do currículo. Uma vez por semana, os alunos participam de uma aula de 50 minutos, com a orientação de um professor de Robótica.

“Os alunos adoram, pois aprendem importantes conceitos brincando”, revela Rosângela Delage, coordenadora pedagógica da escola. De acordo com ela, os pequenos não utilizam softwares para as atividades, mas as noções de Física, funcionamento de engrenagens e motor já estão sendo absorvidas na medida em que manuseiam materiais como sucata.

E o mais importante – são estimulados a lidar com seus sentimentos e na resolução de problemas em suas vidas. “A robótica acaba somando na construção de conhecimentos geral, pois influi no desenvolvimento motor, da linguagem e da resolução de problemas”, conclui a coordenadora.

Metodologia econômica

E para quem pensa que “deve ser uma fortuna” trabalhar com robótica, um alento – não é, já que existem diversas formas de desenvolver os conteúdos, como vimos anteriormente: brinquedos, sucata, softwares que podem ser baixados gratuitamente pela Internet.

Para você começar a entrar em contato com a robótica, pedimos para a educadora Cláudia Stippe criar um plano de aula de inserção neste universo, para alunos de terceiras e quarta séries do ensino fundamental.

Boa aula!

Projeto Introdução à Lógica da Robótica

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Plano de Aula - Parte 2

Vamos para a prática!

* Primeiro – TEMA GERADOR: Sua aula será sobre o quê?

* Segundo – OBJETIVO: O que seu aluno deve FAZER, SABER e SER?

FAZER – o que seu aluno vai fazer durante a aula? Pintar? Dançar? Escrever? Recortar? Colar?

SABER – a atividade que seu aluno desenvolveu o levou a saber o quê? O que ele “aprendeu”?

SER – a atividade que seu aluno fez o levou a se apropriar de um conhecimento, certo? Como este conhecimento acrescentará nele (o aluno) como pessoa, cidadão?

* Terceiro – PROCEDIMENTOS: como será desenvolvida a sua aula? Como proceder para que o aluno FAÇA, SAIBA e SEJA?!

* Quarto – AVALIAÇÃO: como você avaliará seu aluno? (Não fique sentado durante o desenvolvimento das atividades, circule pela sala de aula observando-os e tirando, possíveis, dúvidas. Elogie, estimule, avalie!).

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Plano de Aula - Parte 1

É comum professores cometerem um grave erro ao montarem um Plano de aula: fazê-lo para si próprio. O Plano de aula deve ser feito para o aluno!

Como assim?! Você deve estar se perguntando...

É simples: o centro de um Plano de aula é, sem dúvida, o aluno! Como vai aprender e como vai receber o que você está propondo.

É preciso fazer com que o aluno estude para aprender e não para “passar de ano” e você só conseguirá isto se fizer um Plano de aula, onde ele (o aluno) é o “tema central”.

Mas o que eu, como professor(a), penso não conta?

É claro que sim, pois nós, educadores, somos os responsáveis por propiciar situações em que o aluno se aproprie do conhecimento. Lembre-se: o aluno não é um ser que não sabe nada e vai à escola para aprender tudo com o professor, que é o detentor do saber.

* Agora que já “sabe” que o tema central do Plano de aula deve ser o aluno, você deve preocupar-se em criar situações interessantes para sua aula. Como são seus alunos? Do que mais gostam? Ouvir histórias, dançar...?

Evite pensar: “Como vou ensinar isto à turma?” e pense: “Como meus alunos irão aprender isto?”. O processo de ensino-aprendizagem é uma troca gostosa: você aprende com seus alunos e eles com você, pois cada criança já chega à escola com conhecimentos diversos... Assim como o professor...

* Os alunos não são todos iguais, logo não aprendem da mesma forma. O educador deve conhecer e respeitar seu aluno. Respeitar seus limites, suas dificuldades, sua opinião...

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Professores colaboram com o processo de burrotização da educação.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Não é de hoje que eu falo que a educação brasileira é literalmente coisa de outro mundo!

Lendo uma matéria hoje comprovei minha teoria, o Enade (avaliação que o MEC faz dos cursos superiores) prova que os alunos que fazem a modalidade do ensino superior à distância apresentam melhor rendimento que os alunos que frequentam as aulas com professores e quadro negro, ou seja, o sistema tradicional. O celsojunior acha que não.

Eu, estando dentro da universidade afirmo que isso se deve principalmente à má formação dos professores e o descaso para com o ensino, visto que a pesquisa trás maior retorno financeiro aos laboratórios e centros de pesquisa.

Os únicos responsáveis para tal são os professores, chega de passar a bola para frente e culpar o governo, os professores devem assumir a culpa!

Por fim, afirmo que a solução para o problema é a valorização de estudantes preocupados com sua formação didática e pedagógica, todo o conteúdo aprendido na universidade não tem utilidade se não soubermos como passá-lo, valorizar esses alunos é valorizar o professor de amanhã!

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Educação Brasileira

Falar de educação no Brasil é como falar de física quântica no berçário, algo realmente de outro mundo.

Observo hoje a realidade da educação brasileira e vejo que o país que antes era visto como o país do futuro está atado a uma realidade bem do passado. Só pra citar um exemplo, no séc. XIX e início do séc. XX a Alemanha sofria forte influência militar, e à beira da Primeira Grande Guerra o governo incentivava fortemente a leitura de material científico e revistas de informação para toda a população alemã, inclusive custeando-as, algo que teve como resultado um “Booooom” tecnológico para toda a humanidade, visto que, grandes cientistas alemães dentre eles Albert Einstein são frutos dessa geração.

Mas qual o motivo para este tipo de incentivo?

A resposta é simples, tendo um povo mais bem educado e um exército mais informado o “reich” teria forte vantagem militar o que compensaria a falta de contingente militar se comparado às outras nações, algo que realmente foi observado durante a guerra ( a média inicial era de 1 baixa alemã para cada 6 baixas inimigas).

Se levarmos em consideração que atualmente no Brasil as publicações de caráter científico são quase que em suma publicadas pela internet e para se ter acesso é preciso estar cadastrado por meio de uma instituição superior de ensino ou então à orgãos de incentivo a pesquisa, afirmo que o Brasil nega informação à sua população, uma vez que internet é privilégio de poucos e a relação com instituições de ensino e órgãos de pesquisa privilégio de quase ninguém.

Pois bem, sou cético com relação às políticas educacionais do Brasil e francamente, após um esforço intelectual tremendo não consegui propor alternativas para o problema, ou seja, salve-se quem puder…


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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Aprender para quê?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007


Educador diz que a escola não leva em consideração o desejo de aprender e está longe de responder às perguntas das crianças


Rubem Alves é um crítico do sistema de ensino brasileiro. Mas suas opiniões não carregam rancor contra quem quer que seja. Para o educador e professor emérito da Unicamp, o problema da escola é que ela não leva em consideração o desejo de aprender das crianças e está respondendo às perguntas que somente os adultos acham importantes. ''Crianças fazem perguntas incríveis'', avisa. Para Alves, questionamentos como ''quem inventou as palavras?'', ou ''gato podia se chamar cavalo e cavalo se chamar gato?'', são a prova viva do interesse que todo garoto tem por conhecer o mundo. Mas essa curiosidade investigativa, que leva o aluno a estudar, está longe dos programas escolares. ''Existe uma expressão terrível na escola: grade curricular. Deve ter sido cunhada por um carcereiro'', diz. Polêmico, propõe a extinção do vestibular e sugere que o processo seletivo para as universidades aconteça através de um sorteio. Prestes a lançar mais um livro (Presente, Frases, Idéias e Sensações..., Editora Papirus), espera com a nova publicação levar ao público seus pensamentos sobre o amor e a vida. ''Nem que a obra seja lida na privada'', provoca.

RUBEM ALVES
Maurilo Clareto/ÉPOCA

Dados pessoais
Nasceu em Dores da Boa Esperança, sul de Minas Gerais. Tem 71 anos, três filhos e cinco netas

Trajetória pessoal
Bacharel em Teologia, doutor em Filosofia, psicanalista e professor emérito da Unicamp. ''Prefiro chamar esta lista de 'curriculum mortis'. Meu curriculum vitae você encontrará nas minhas crônicas, pensamentos, cartas''

Livros
São mais de 50 títulos voltados para adultos e crianças

ÉPOCA - O senhor afirma que a maioria das escolas é chata? Por quê?
Rubem Alves - Não é de hoje que a escola é chata. Ela sempre foi assim e isso acontece porque as coisas são impostas às crianças. A prova de que uma criança gosta de ir à escola é se, na hora do recreio, ela está conversando com os amigos sobre as coisas que a professora ensinou. E não se vê isso. Então fica evidente que elas gostam da escola por causa da sociabilidade, dos amiguinhos, por causa do recreio. Mas elas não estão interessadas naquilo que se ensina na escola. Você acha que um adolescente, vivendo na periferia, pode ter interesse em dígrafos (grupo de duas letras usadas para representar um único fonema)? Não tem interesse nenhum. Existe outra expressão terrível: grade curricular. Já brinquei que deve ter sido cunhada por um carcereiro. A criança está vivenciando problemas que não têm nada a ver com os assuntos das aulas. Mas os professores apenas se justificam, dizendo que o programa afirma que é aquilo que se deve ensinar e acabou. Eu diria que na escola tradicional não se leva em consideração o desejo de aprender da criança. Elas expressam isso através dos questionamentos que fazem.

''Às vezes vejo os professores como esses guias turísticos que vão todo dia ao mesmo monumento, levando um grupo diferente e repetindo as mesmas palavras''

ÉPOCA - Quais questionamentos?
Alves - Se você reparar, as crianças fazem perguntas incríveis para conhecer melhor o mundo. Uma delas é: ''Quem inventou as palavras?''. Há outras boas: ''Gato podia chamar cavalo e cavalo chamar gato? Por que canteiro chama canteiro? Devia chamar planteiro, que é onde ficam as plantas! Por que a chuva cai aos pinguinhos e não toda de uma vez? Se na Arca de Noé havia leões, por que eles não comeram os cabritos?'' E por aí vai. Elas estão fazendo perguntas interessantes, mas as respostas não se encontram nos programas.

ÉPOCA - Por que o modelo de educação existe há tanto tempo?
Alves - Porque existe certa presunção da nossa parte, da parte dos adultos, de que as crianças não sabem nada, de que elas são vazias. E de que nós é que temos o saber.Também achamos que só nós podemos determinar o que elas têm de aprender. Isso é o que Paulo Freire denominou de educação bancária. Você vai sempre fazendo depósitos na criança. Houve um diretor de um abrigo para crianças e adolescentes em Varsóvia chamado Janusz Korczak. No abrigo dele, eram os alunos que exerciam a disciplina. E Korczak costumava dizer: ''Vocês, professores, me dizem que é muito difícil ensinar às crianças. Estou de acordo. E vocês dizem também que é muito difícil descer às crianças. Estou em desacordo. O que é muito difícil é subir ao nível de sensibilidade e de curiosidade das crianças, ficar na ponta dos pés, falar brandamente para não machucá-las''. É por isso que a escola não muda. Porque as pessoas não estão preparadas para subir ao nível das crianças.

ÉPOCA - Há salvação para esse modelo de ensino?
Alves - Eu passei por esse modelo de escola. Outros amigos meus passaram e acho que não ficamos tão atrapalhados assim (risos). Aliás, tenho memórias muito interessantes. A escola tinha muitas coisas boas e, a despeito de tudo, a gente aprende. Mas é uma perda de tempo muito grande. As escolas estão cheias de pessoas maravilhosas, mas é tanta gente que sofre, é reprovada e repete de ano que não acredito mais nesse modelo. É preciso esquecer as maneiras tradicionais de fazer escola. Estamos tão acostumados com a idéia de que a escola tem corredor, sala, campainha, que podemos até pensar em melhorar isso, mas não pensamos que a estrutura pode ser diferente.

ÉPOCA - Então, por que as escolas não mudam?
Alves - Por uma porção de fatores. Um deles é a inércia. As pessoas se acostumam a fazer sempre a mesma coisa porque aí elas não têm trabalho. Se você tiver uma escola mais solta, nunca sabe direito o que vai acontecer, você não pode preparar a lição porque sempre o aluno pode fazer uma pergunta que você não sabe. Na escola tradicional, o professor é aquele que sabe a matéria e vai para a sala de aula acreditando nisso. Mas hoje as matérias estão todas na internet. Hoje, a função do professor é ensinar o aluno a pensar e a descobrir onde ele pode encontrar a resposta para as perguntas que ele tem. Essa é uma função nova e completamente diferente do professor. Os que estão acostumados a preparar a aula até costumam usar as fichas do ano retrasado. Dificilmente vão mudar.

ÉPOCA - Como convencer um professor a se atualizar?
Alves - Acho que muitos desses profissionais estão acordando para isso simplesmente porque não estão mais agüentando o tédio. Tenho dó dos professores. Às vezes os vejo como esses guias turísticos que vão todo dia ao mesmo monumento, levando um grupo diferente e repetindo as mesmas coisas. Isso é muito chato. Nenhuma pessoa merece viver uma vida desse jeito.

ÉPOCA - O senhor afirma, como educador, que a escola precisa dar aos alunos ferramentas para entender o mundo. O que isso quer dizer na prática?
Alves - Simplificando a minha teoria, digo que o corpo carrega duas caixas: uma de ferramentas e a outra de brinquedos. O que são ferramentas? São todos os objetos usados para fazer alguma coisa. Então, ferramentas não são fins em si mesmos. E elas são importantes porque nos dão poder. Um alicate é muito mais poderoso que meu dedo. E a primeira coisa que a escola tem de perguntar é: isso que eu estou ensinando é ferramenta para quê? Segundo: o aluno quer fazer isso? Porque não adianta você dar uma ferramenta para a pessoa, um martelo e um prego, se ela quer ser pintora. A ferramenta só tem sentido se tiver uma demanda, se eu estou querendo fazer alguma coisa. Se eu estiver interessado em plantar um jardim, vou aprender sobre as plantas, esterco e fertilizantes. O professor tem de perguntar a si mesmo isso. Se não for ferramenta, ela não vai ser guardada.

ÉPOCA - Por que não é guardada?
Alves - Se todos os reitores das nossas universidades prestassem vestibular, seriam reprovados. Porque eles esqueceram. E fizeram isso porque são burros? Não. Eles fizeram isso porque são inteligentes. Porque a memória não carrega coisas que não têm função. Também seriam reprovados os professores universitários e os dos cursinhos só passariam na própria disciplina. Eu seria reprovado. Tudo foi perdido. Já a caixa dos brinquedos está cheia de objetos que não servem para nada. Não há formas de usá-los como ferramentas. Lá estão a poesia de Fernando Pessoa, as sonatas de Mozart, as telas de Monet, pores-de-sol, beijos, perfumes, coisas que apenas nos dão felicidade. Assim se resume a educação.

ÉPOCA - Mas os alunos precisam ter conhecimentos básicos em áreas como Matemática, Biologia ou Química, não?
Alves - Para quê? Para passar no vestibular? Para esquecer tudo? Quem disse que tem de aprender isso? Por que eu tenho de aprender logaritmo neperiano? Não conheço ninguém que tenha usado isso. Se por acaso eu for precisar um dia na minha vida, estudo e aprendo. Não preciso me preocupar com isso na escola. E as pessoas não se dão conta de que todo esse conteudismo é perdido. Não sobra nada. Uma amiga minha, professora de Neuroanatomia na Unicamp, dizia que os piores alunos que ela tinha eram esses que apareciam em outdoors de primeiro lugar. Porque quando ela explica anatomia, um assunto cheio de complexidades, sempre tinha um que levantava a mão e perguntava: ''Professora, qual é a resposta certa?''. Ou seja, ele não entendia que esse negócio de ter sempre uma alternativa certa não existe. No caso do médico, com um doente terminal, o que ele faz: dá morfina ou continua com a quimioterapia? Não há resposta certa. É preciso aprender isso. E essas coisas não são ensinadas.

ÉPOCA - O senhor chegou a pregar o fim do vestibular. Por quê?
Alves - Já preguei, e quando falo nisso as pessoas acham que estou brincando. Quando eu era pró-reitor de graduação da Unicamp, queria um vestibular que avaliasse a capacidade de pensar dos alunos, e não a memória. Um professor me disse: a solução mais fácil é o sorteio. Dei uma gargalhada. Mas comecei a pensar e vi que é isso mesmo. A primeira coisa do vestibular que me morde não é decidir quem entra ou não na universidade, mas a sombra sinistra que ele lança sobre tudo o que vem antes. As escolas são orientadas para o vestibular, e os pais logo de saída querem as escolas fortes para os filhos passarem no vestibular. A primeira conseqüência de ter o sorteio é que as escolas seriam livres para ensinar. Elas não precisariam preparar os alunos para o vestibular. Então, as pessoas poderiam ouvir música, ler e fazer o que quisessem. Seria a libertação das escolas para realmente ensinar. Em segundo lugar, acabariam os cursinhos. Se tiver sorteio, ninguém pode reclamar. Sorteio é sorteio. Acabaria o sofrimento psicológico dos alunos, que têm a auto-imagem destruída. Também acabaria o conflito entre pais e filhos.

''Se os reitores prestassem vestibular, seriam reprovados. Porque são burros? Não. A memória não guarda o que não tem função''

ÉPOCA - Mas um vestibular por sorteio poderia ter muita injustiça?
Alves - Várias pessoas me dizem isso. Claro que poderia, mas não do tamanho da injustiça que existe no atual sistema de vestibular, que nada mais é que uma grande perda de tempo, de dinheiro, de inteligência e de conhecimento. Também me perguntam se qualquer aluno, sem o menor preparo, poderia entrar na universidade. Respondo que não. Haveria no final do ensino médio um exame no país inteiro para verificar se os alunos atingiram um ponto mínimo exigido. E não seria classificatório. Quem passasse poderia participar do sorteio. Quem fosse reprovado poderia refazer a prova depois.

ÉPOCA - É polêmico...
Alves - Não acho, não. Acho que é uma solução óbvia. É mais inteligente que o modelo que existe atualmente. E menos danosa.

ÉPOCA - Como educador, o senhor não se dedica apenas a escrever livros voltados para o tema. Também tem publicações em formato de contos, prosa e versos. Por quê?
Alves - Eu não tenho livros de teoria. Escrevo contos e faço isso brincando. Então, sinto prazer mesmo quando estou falando sobre coisas teóricas. Mas sempre abordo o tema da educação por meio de metáforas. Inclusive sob a forma de poesia. Por isso muita gente não me leva a sério. Dizem que o Rubem Alves não é cientista. Não sou mesmo. E nem quero ser. Cientistas, já temos em excesso.

ÉPOCA - E este último livro nasceu como?
Alves - Escrevo muita coisa e, no meio dessas, de algumas eu gosto mais. É como se fossem snap shots, instantâneos da alma. Neste livro, há uma série deles. Você pode abrir em qualquer lugar. Não tem argumento, não quer provar nada, não há nenhuma tese. Uma vez escrevi uma crônica sobre a função cultural das privadas. Essa palavra é considerada feia. Quando se fala numa festa, o dono da casa retruca ''o banheiro'', ''o toalete'' e, quando você chega lá, é privada. Esse nome é tão bonito, tem a ver com privacidade, com estar sozinho, onde ninguém te interrompe. Lá é lugar escolhido por muitas pessoas para ler jornal. Um lugar de erudição, de conhecimento. Então, sugeri aos artesãos que fizessem umas miniestantes para instalar na frente do ''trono''. Nelas poderia ser colocada uma série de livros. Mas livros que tenham textos curtinhos. Aí a pessoa pode aproveitar para pensar, refletir. Acho que esse meu novo livro daria muito bem para esses momentos.

Fonte: Revista Época

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Desenganos permitem aprender
Que nem sempre teremos afeição
Embora uma amizade, a solução,
Tantas vezes ganhamos em perder.

Melhor caminhos livres sem enganos,
Tropeços fazem parte desta vida.
Amizade que se foi sem despedida
Não cabe no futuro em nossos planos.

Amigo que não sabe perdoar
Portanto não conhece pleno amor,
Em vida destilando seu rancor,
Depois de tanto mel, vem amargar.

Quem fora companheiro, nos traindo,
Nos mostra quanto a vida é tão instável,
Amizade, nem sempre é encontrável,
Pior quando nos mata, distraindo...

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Aprendi....

APRENDI ...
Que não sei quase nada
Que sempre precisarei aprender
Que a vida é muito curta
E que não há tempo a perder.

PERCEBI
Que nem tudo é possível
Que às vezes é difícil sorrir
Que a vida faz jogo duro
Mas que eu não vou desistir

ENTENDI
Que quando sofro eu aprendo
Que a dor me ensina a viver
Que a vida é um lindo caminho
Ao qual iremos crescer

DESCOBRI
Que não é fácil viver
Que o destino nos reserva dor
Mas que a tristeza termina
Onde começa o amor...
Desconhecido

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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Plano de Ação

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Cardápio de Projetos

http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/cp/pgm1.htm

Série especial do programa "Salto para o Futuro" da TV Escola. Tem como objetivo fornecer subsídios para a elaboração de projetos. Discute a sua importância para a Educação. Apresenta sugestões sobre formas de criar, planejar e implementar projetos. Bem como, aponta caminhos para superar problemas na implementação de projetos.


Diários - Projetos de Trabalho

http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=84&Itemid=215



Publicação da Secretaria de Educação a Distância do MEC, material complementar às séries da TV Escola - PCN na Escola. O caderno, lançado em 1998, dividiu-se em dois tópicos principais: Diários e Projetos de Trabalho. Disponível em formato PDF. Para acessar o material é necessário o programa Acrobat Reader.


Cadernos da TV Escola

http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=80&Itemid=211

Por este endereço é possível acessar os "Cadernos da TV Escola", publicações com os temas transmitidos nas séries da TV.


Projeto: uma nova cultura de aprendizagem

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/educ30.htm

Artigo da professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, da PUC-SP, que defende a prática pedagógica por meio do desenvolvimento de projetos, como uma nova cultura para desenvolver a aprendizagem dos alunos.


O que é um Projeto Interdisciplinar?

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/educ26.htm

Artigo de Eduardo Chaves, professor titular de Filosofia da Educação da Unicamp e consultor do Instituto Ayrton Senna (IAS), que destaca a importância de se integrar as diferentes áreas do conhecimento por meio do trabalho interdisciplinar. Este texto integra o Programa "Sua escola a 2000 por hora", do Instituto Ayrton Senna.


Fernando Hernández. Revista Nova Escola. Agosto/2002.

http://novaescola.abril.com.br/ed/154_ago02/html/

repcapa_qdo_hernandez.htm


Reportagem que traz os principais assuntos focalizados pelo educador espanhol Fernando Hernández, como a reorganização do currículo por projetos de trabalho. Leia também sua entrevista, publicada na página:

http://novaescola.abril.com.br/ed/154_ago02/html/hernandez.doc




Veja também:

:: Planejamento e Proposta Pedagógica ::

Interdisciplinaridade


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30 dicas para escrever bem

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.
2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente
rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo
narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??... então
9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra
repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida
desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os
outros não tem idéias próprias".
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas
diferentes;
isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não
repita a mesma idéia várias vezes.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Utilize a pontuação corretamente principalmente o ponto e a vírgula pois a frase poderá
ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de
interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-Ias-ei!"
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!
25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da
idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem
sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a
separá-Ia nos seus diversos componentes de forma a torná-Ias compreensíveis, o
que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que
devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu
texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o
conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda
estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que
você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que
vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira
irritante.
29. Outra barbaridade que tu deves evitar tchê, é usar muitas expressões que
acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!... nada de mandar esse
trem... vixi... entendeu bichinho?
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá
agüentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.


TEXTO DO PROF. JOÃO PEDRO, DA UNICAMP.

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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Teste de Q.I,

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O Q.I. (Quociente de Inteligência) foi um termo proposto em 1912 por William Stern para uma prática de aferição da capacidade cognitiva que já era praticada desde o século V na China.

Hoje li sobre um teste de Q.I. muito interessante. São 33 perguntas de lógica que devem ser respondidas em, no máximo, 20 minutos.

Clique aqui e faça seu teste de Q.I.

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domingo, 18 de novembro de 2007

A História de Internet

domingo, 18 de novembro de 2007

O surgimento da Internet, assim como de outros meios de comunicação, aconteceu pelas vias militares. A rede mundial de computadores tem sua origem nos períodos áureos da Guerra Fria. Na década de 60, quando dois blocos antagônicos politicamente, socialmente e economicamente exerciam enorme controle e influência no mundo, qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer ferramenta nova poderia contribuir nessa disputa lideradas pela União Soviética e por Estados Unidos. Indispensável dizer que as duas superpotências compreendiam a eficácia e necessidade absoluta dos meios de comunicação.

Nessa perspectiva, o governo dos Estados Unidos temia um ataque às suas bases militares pela URSS. Acontece que em caso de um ataque (deve-se levar em consideração o clima de tenso que permeia a década de 60), informações importantes e sigilosas poderiam ser perdidas não oferecendo aos EUA condições de resistência e reação. Então foi idealizado um modelo de troca e compartilhamento de informações que permitisse a descentralização das mesmas. Assim se o Pentágono fosse atingido, as informações armazenadas ali não estariam perdidas. Era preciso, portanto, criar um rede, a ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced Research Projects Agency. Vale lembrar que em 1962, J.C.R LickLider do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) já falava em termos da existência de uma “Rede Galáxica”.

A Arpanet funcionava através de um sistema conhecido como chaveamento de pacotes, que é um esquema de transmissão de dados em rede de computadores no qual as informações são divididas em pequenos “pacotes”, que por sua vez contém trecho dos dados, o endereço do destinatário e informações que permitiam a remontagem da mensagem original. O ataque inimigo nunca aconteceu, mas o que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos não sabiam era que tinha acabado de dar o pontapé incial para o maior fenômeno midático do século. O único meio de comunicação que em apenas 4 anos conseguiria atingir cerca de 50 milhões de pessoas.

Já na década de 70, a tensão entre URSS e EUA diminui. As duas potências entram definitivamente naquilo em que a história se encarregou de chamar de Coexistência Pacífica. Não havendo mais a iminência de um ataque imediato, o governo dos EUA permitiu que pesquisadores que desenvolvessem, nas suas respectivas universidade, estudos na área de defesa pudessem também entrar na ARPANET.Com isso, a ARPANET começou a ter dificuldades em administrar todo este sistema, devido ao grande e crescente número de localidades universitárias contidas nela. Dividiu-se então este sistema em dois grupos[2], a MILNET, que possuía as localidades militares e a nova ARPANET, que possuía as localidades não militares. Um esquema técnico denominado Protocolo de Internet (Internet Protocol) permitia que o tráfego de informações fosse caminhado de uma rede para outra.

Todas as redes conectadas pelo endereço IP na Internet comunicam-se para que todas possam trocar mensagens. Através da National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na criação de backbones (que significa espinha dorsal, em português), que são poderosos computadores conectados por linhas que tem a capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados, como canais de fibra óptica, elos de satélite e elos de transmissão por rádio. Além desses backbones, existem os criados por empresas particulares. A elas são conectadas redes menores, de forma mais ou menos anárquica. É basicamente isto que consiste a Internet, que não tem um dono específico.

A World Wide Web

Na década de 80, o interesse pela rede se amplia e mais pesquisadores e cientistas se incorporam a ela. Desta maneira a rede vai se tornando mais complexa e exigindo um aperfeiçoamento gradual. Em 1989 a contribuição de do cientista Sir Tim Berners-Lee do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire - Centro Europeu de Pesquisas Nucleares muda definitivamente a face da Internet, até então uma rede fechada e com uma interface bastante diferente da que conhecemos hoje. Tim Barners-Lee foi o responsável pela criação da World Wide Web, um sistema que inicialmente interligava sistemas de pesquisas científicas e acadêmicas, interligando universidades. A rede coletiva ganhou uma maior divulgação pública a partir de 1990.

Em agosto de 1991, Berners-Lee publicou seu novo projeto para a World Wide Web, dois anos depois de começar a criar o HTML, o HTTP e as poucas primeiras páginas web no CERN, na Suíça. O CERN não tinha idéia da escala que a World Wide Web tomaria. Em 1993 o centro quis abrir mão do direito de propriedade dos códigos básicos do projeto de um sistema global de hipertexto.

Em 1993 a NCSA lança o primeiro browser para a Web, o navegador X Windows Mosaic 1.0. O lançamento deste browser foi o responsável pela popularização da Internet, que desta maneira saía do meio acadêmico e passou a fazer parte do cotidiano de pessoas comuns. Em 1996 a palavra Internet já era de uso comum, principalmente nos países desenvolvidos, referindo-se na maioria das vezes a WWW. Esta confusão entre a nomenclatura Internet e Web é frequente até hoje, mas é importante ressaltar que a Web é só uma parte da Internet.

Por fim, vale destacar que já em 1992, o então senador Al Gore, já falava na Superhighway of Information. Essa "super-estrada da informação" tinha como unidade báscia de funcionamento a troca, compartilhamento e fluxo contínuo de informações pelos quatro cantos do mundo através de um rede mundial, a Internet. O que se pode notar é que o interesse mundial aliado ao interesse comercial, que evidentemente observava o potencial financeiro e rentável daquela “novidade”, proporcionou o boom e a popularização da Internet na década de 90. Até 2003, cerca de mais de 600 milhões de pessoas estavam conectadas à rede. Segundo a Internet World Estatistics, em junho de 2007 este número se aproxima de 1 bilhão e 200 milhões de usuários.

A Internet no Brasil e a RNP

No Brasil, os primeiros embriões de rede surgiram em 1988 e ligavam universidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre a instituições nos Estados Unidos. No mesmo ano, o Ibase começou a testar o AlterNex, o primeiro serviço brasileiro de internet não-acadêmica e não-governamental. Inicialmente o AlterNex era restrito aos membros do Ibase e assossiados e só em 1992 foi aberto ao público.

Em 1989, o Ministério da Ciência e Tecnologia lança um projeto pioneiro, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Existente ainda hoje, a RNP é uma organização de interesse público cuja principal missão é operar uma rede acadêmica de alcance nacional. Quando foi lançada, a organização tinha o objetivo de capacitar recursos humanos de alta tecnologia e difundir a tecnologia internet através da implantação do primeiro backbone nacional.

O backbone funciona como uma espinha dorsal, é a infra-estrutura que conecta todos os pontos de uma rede. O primeiro backbone brasileiro foi inaugurado em 1991, destinado exclusivamente à comunidade acadêmica. Mais tarde, em 1995, o governo resolveu abrir o backbone e fornecer conectividade a provedores de acesso comerciais. A partir dessa decisão, surgiu uma discussão sobre o papel da RNP como uma rede estritamente acadêmica com acesso livre para acadêmicos e taxada para todos os outros consumidores. Com o crescimento da internet comercial, a RNP voltou novamente sua atenção para a comunidade científica.

A partir de 1997, iniciou-se uma nova fase na internet brasileira. O aumento de pessoas acessando a grande rede e a necessidade de uma infra-estrutura mais veloz e segura levou a investimentos em novas tecnologias. Entretanto, devido a carência de uma infra-estrutura de fibra óptica que cobrisse todo o território nacional, primeiramente, optou-se pela criação de redes locais de alta velocidade, aproveitando a estrutura de algumas regiões metropolitanas. Como parte desses investimentos, em 2000, foi implantado o backbone RNP2 com o objetivo de interligar todo o país em uma rede de alta tecnologia.

Atualmente, o RNP2 conecta os 27 estados brasileiros e interliga mais de 300 instituições de ensino superior e de pesquisa no país.

Outro avanço alcançado pela RNP ocorreu em 2002. Nesse ano, o então presidente da república transformou a RNP em uma organização social. Com isso ela passa a ter maior autonomia administrativa para executar suas tarefas e o poder público ganha meios de controle mais eficazes para avaliar e cobrar os resultados. Como objetivos dessa transformação estão o fornecimento de serviços de infra-estrutura de redes IP avançadas, a implantação e a avaliação de novas tecnologias de rede, a disseminação dessas tecnologias e a capacitação de recursos humanos na área de segurança de redes, gerência e roteamento.

A partir de 2005, a capacidade de comunicação entre os Pontos de Presença (PoPs) da rede começou a ser ampliada com o uso de tecnologia óptica, o que elevou

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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Educação Brasileira e Blogs

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A cada dia que se passa, a Educação Brasileira me surpreende mais. Infelizmente, pelo seu lado negativo.

Se uma criança de 9 anos, que usufrui do ensino público, não consegue escrever a palavra “aula“, então há alguma coisa muito errada. Eu sempre estudei em uma escola pública e, em comparação com aquele tempo e hoje, percebo que a coisa degringolou de um tal modo que não vejo uma melhora nem a longo prazo. Isto se as mudanças, caso houvessem, começassem a ser implantadas hoje. Digo isso porque há uma geração inteira que se construiu com essa educação deficiente e que transmitirá essa deficiência para seus filhos, seja na forma do desleixo como se entende o aprendizado, seja na pouca importância que se dará ao conhecimento. Mas o mais importante é que não se desenvolverá o senso crítico.

Aliás, este é um problema recorrente na Educação Brasileira, mesmo nas escolas particulares. Há pouco incentivo para perguntas e descobertas. Há um certo pacto implícito entre os professores e estudantes: finge-se que ensinam e finge-se que aprendem. E quando há quem queira perguntar, o seu colega mais próximo faz a cara de “Como você não sabe isto?” mesmo que ele também não saiba. O problema, é claro, não é só deles. Abrange um contexto bem maior - vestibulares, mercado de trabalho, concorrência entre escolas, etc. O resultado disto tudo é que aprendemos a repetir o que está escrito nos livros, mas não aprendemos a aprender, não aprendemos a descobrir as coisas, não aprendemos a questionar.

Falei, falei, falei. E se você chegou até aqui, deve estar pensando: “O que isto tem relação com os blogs?”

A princípio, nada. Ou tudo?

Com o projeto de Inclusão Digital e Computador para Todos, pode-se incentivar para que estes garotos e garotas que se iniciam na Internet, maravilhados com o novo mundo, a terem seus próprios blogs. Podem começar como diários, mesmo, como todo principiante que inicia escrevendo sobre o seu cotidiano. Mas o mais importante é incentivar a interação entre eles e os blogs que já existam na rede. É nessa interação que surgirá e se desenvolverá a idéia da internet como ferramenta e não apenas como um simples repositório de informações aleatórias. E como um bônus deste processo, pode-se incentivar o senso crítico e a escrita como sua forma de expressão.

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Existe o bom professor?

Com certeza, quem passou pela escola tem como apontar esse ou aquele professor que considerou como sendo bom. Mas mesmo assim, é bem provável que haja poucos professores que sejam considerados por muitos como sendo bons. Talvez porque, seja do ponto de vista dos pais, seja dos alunos, seja pela análise do professor, há sempre uma heterogeneidade quanto àquilo que é considerado bom.
E ainda é necessário, também, se levar em conta que o conceito de bom e de mau é definido conjunturalmente e contextualmente. Exemplificando, atualmente é considerado um “bom” professor aquele que geralmente consegue fazer com que o aluno aprenda a aprender , já que o conteúdo passou a ser secundário em nossa era de “fast food” da informação.
Do meu ponto de vista, penso que o modelo ideal do “bom” professor surge dependente do papel dos protagonistas (professores, alunos, pais e outros) e da visão educativa de cada um, ou seja, a forma como este ideal é construído e moldado é de acordo com a vivência educacional de cada um deles. Desta forma, não podemos dizer que exista um modelo único que possa ser definido como sendo o do “bom” professor.
Com isto em mente, é possível dizer que ser um “bom” professor se constitui de um processo em que o modelo é construído gradativa e constantemente. Inicialmente, através das crenças pessoais a respeito do ensino associadas ao período (normalmente, no ensino fundamental e médio) em que se é aluno. É deste período o modelo ideal do “bom” professor de cuja dificuldade se tem em abstrair para outros modelos que possam ser melhores.
Posteriormente, ao se ingressar em um curso superior de licenciatura, tem-se o contato com as diversas teorias pedagógicas de forma a possibilitar a alteração daquele modelo inicial. Mas a possibilidade, infelizmente, não implica em mudança.
E finalmente, na prática profissional pode-se observar e refletir quais modelos estão em uso e quais modelos deseja-se incorporar em vista de alcançar o objetivo de ser um “bom” professor. Sempre lembrando que o processo não visa dar uma resposta final, mas sim uma adaptação e modificação quando as práticas pedagógicas não atingem seu objetivo.
Concluindo, não há um padrão ou uma forma ideal do “bom” professor que atenda a um conjunto amplo e diverso de pessoas. Entretanto, mesmo não havendo tal modelo é necessário que haja a constante busca para, pelo menos, descobrir-se o porque e quando não se é um “bom” professor.

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