quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Robótica na escola: é pra já!

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007


Quando você ouve falar em “robótica”, o que se passa em sua cabeça? Tecnologia de ponta, cálculos avançados e por aí vai, não é? Ou melhor: algo fora da compreensão da maioria das pessoas. Mas esse pensamento está longe de ser verdadeiro. Cada vez mais escolas da rede pública e privada do Brasil estão descobrindo que a utilização da robótica pode ser simples e muito interessante para alunos de todas as idades.

Com o objetivo de levar os alunos a descobrir o funcionamento da tecnologia de uma maneira divertida, a robótica aproveita também para discutir o conhecimento acumulado cientificamente e contribuir para que os estudantes possam, além de conhecer, utilizar, dominar e desenvolver o pensamento crítico.

“As aulas de robótica possuem os instrumentos necessários para levar o aluno a explorar conceitos, investigar e solucionar problemas”, explica a educadora Cláudia Stippe, consultora da Microsoft Educação e proprietária da Krei Homa Tecnologia Educacional, empresa com sede em Santos (SP) e que provê assessoria para a implantação de projetos em robótica para instituições de ensino.

“Assim o aprendiz, no decorrer do processo, apresenta um ou vários conceitos, obtendo a assimilação e acomodação da aprendizagem. O aluno passa a construir seu conhecimento por meio de suas próprias observações e aquilo que é aprendido pelo esforço próprio da criança tem muito mais significado para ela e se adapta melhor às suas estruturas mentais”, completa.

" Construção de conhecimentos

Segundo Cláudia, as aulas podem ser desenvolvidas para alunos a partir dos 5 anos, com o uso do material pedagógico da Divisão Educacional da Lego no qual ludicamente são passados conceitos como visão do todo, expressão de idéias e trabalho em equipe.

Aos 8 anos, os alunos já começam a aprender sobre o LOGO, linguagem de programação desenvolvido nos anos 60 para o uso de crianças em idade escolar e que aproxima a forma de falar da criança com a comunicação feita no computador.

Mais tarde, por volta da 5ª e 6ª séries, começam a ser trabalhados problemas relacionados com máquinas simples, complexas, programações, escala, força, design, velocidade, sempre estimulando o trabalho em grupo e a integração da tecnologia no cotidiano.

Na Escola Átrio, de Santos (SP) que atende educação infantil e ensino fundamental até a 4ª série, as aulas de robótica fazem parte do currículo. Uma vez por semana, os alunos participam de uma aula de 50 minutos, com a orientação de um professor de Robótica.

“Os alunos adoram, pois aprendem importantes conceitos brincando”, revela Rosângela Delage, coordenadora pedagógica da escola. De acordo com ela, os pequenos não utilizam softwares para as atividades, mas as noções de Física, funcionamento de engrenagens e motor já estão sendo absorvidas na medida em que manuseiam materiais como sucata.

E o mais importante – são estimulados a lidar com seus sentimentos e na resolução de problemas em suas vidas. “A robótica acaba somando na construção de conhecimentos geral, pois influi no desenvolvimento motor, da linguagem e da resolução de problemas”, conclui a coordenadora.

Metodologia econômica

E para quem pensa que “deve ser uma fortuna” trabalhar com robótica, um alento – não é, já que existem diversas formas de desenvolver os conteúdos, como vimos anteriormente: brinquedos, sucata, softwares que podem ser baixados gratuitamente pela Internet.

Para você começar a entrar em contato com a robótica, pedimos para a educadora Cláudia Stippe criar um plano de aula de inserção neste universo, para alunos de terceiras e quarta séries do ensino fundamental.

Boa aula!

Projeto Introdução à Lógica da Robótica

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